...viajar, cozinhar, tricotar /croché, fotografias, jardinagem, zapar pela internet,
e mais outras e outras.....

24/07/2014

Lembrança da infância: DÁ-LHE SOPA !!!


A criatividade pode ser muito grande ou um desastre quando estou na cozinha. Mas gosto mesmo é de preparar comida simples, fácil e rápida, nada de demora, complicação e depois ficar lavando panelas e utensílios os quais foram necessários para os preparos da alimentação.

Tem sopas e sopas! Prefiro aquelas que cortando alguns legumes com ou sem arroz ou macarrão - tudo junto numa panela e logo cozida pronta para ser servida.Minhas sopas são quase sempre assim: abro a geladeira e o que tem vai direto para a panela. Nada de planejamento, é o que tem! Pão ou torradas com sopa, ou até um lanchinho vai muito bem como acompanhamento, mas eu gosto com bolacha salgada: é bom demais!

A sopa alimenta bem, como é o seu significado de origem do sânscrito:
sû ( bem) e em pô (alimentar), mesmo que muitos não gostam ou não apreciam tanto por considerarem não tão substanciosa.

Parece ser um dos pratos mais antigos da cozinha, mas também é o prato que mexe com os sentimentos quando nós fazemos referência à alimentação caseira e familiar:

- A sopa da mamãe! 
- O dia da sopa! 

Quem não viveu esta experiência? 
A mamãe colocava tudo na sopa que seu filho não gostava de comer, por ser importante para a saúde, e não tinha como escapar: 
-Coma tudo é para seu bem! 
São lembranças boas, vai uma sopa aí?




Para finalizar conto a fábula "A Raposa e a Cegonha" de Jean de La Fontaine na qual a moral da história é "às vezes recebemos na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos". Dá-lhe sopa!!!

A Raposa convidou a Cegonha para jantar e lhe serviu sopa em um prato raso.

-Você não está gostando de minha sopa? - Perguntou, enquanto a cegonha bicava o líquido sem sucesso.

- Como posso gostar? - A Cegonha respondeu. vendo a Raposa lamber a sopa que lhe pareceu deliciosa.

Dias depois foi a vez da cegonha convidar a Raposa para comer na beira da Lagoa, serviu então a sopa num jarro largo embaixo e estreito em cima.

- Hummmm, deliciosa! - Exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo - Você não acha?

A Raposa não achava nada nem podia achar, pois seu focinho não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou mais uma ou duas vezes e se despediu de mau humor, achando que por algum motivo aquilo não era nada engraçado.